Como medir o sucesso de um Corporate Venture Builder?

O sucesso de um Corporate Venture Builder não é medido apenas pelo lucro financeiro imediato das startups criadas, mas por uma série de métricas que refletem o impacto estratégico e a capacidade de gerar inovação sustentável dentro da empresa. Alguns indicadores importantes incluem:

  1. Inovação de produtos e serviços: A quantidade e a qualidade dos novos produtos ou serviços lançados no mercado por meio das startups criadas.
  2. Integração com a empresa-mãe: O sucesso em integrar as inovações e tecnologias desenvolvidas pelas startups nas operações e estratégias da empresa-mãe, melhorando sua competitividade.
  3. Taxa de crescimento das startups: O crescimento das startups incubadas ou aceleradas, em termos de receita, base de clientes ou valor de mercado.
  4. Retorno sobre investimento (ROI): O retorno financeiro direto gerado pelos investimentos feitos nas startups, medido ao longo de vários anos.
  5. Aprendizado organizacional: O desenvolvimento de novas habilidades e conhecimentos dentro da empresa, como a capacidade de lidar com inovação ágil, gestão de risco e novos modelos de negócios.

Além disso, outro fator crucial é o impacto cultural. Muitas vezes, a maior contribuição de um Corporate Venture Builder é a transformação da mentalidade da empresa tradicional, incentivando uma abordagem mais inovadora e disposta a correr riscos. Essa mudança pode ser mais difícil de medir, mas é essencial para garantir que a organização se mantenha competitiva a longo prazo.

Exemplos de sucesso no Brasil

No Brasil, algumas grandes empresas também têm adotado o modelo de Corporate Venture Builder, adaptando-o às particularidades do mercado local. Entre os exemplos mais notáveis estão:

  • Ambev: A gigante do setor de bebidas criou a ZX Ventures, uma unidade dedicada a investir em startups inovadoras no setor de alimentos e bebidas. A ZX Ventures tem ajudado a Ambev a explorar novas tendências de consumo, como bebidas não alcoólicas, e-commerce de bebidas e soluções sustentáveis.

  • Votorantim: A holding brasileira atua como Venture Builder através da Votorantim Ventures, focada em criar e apoiar startups com soluções inovadoras nas áreas de construção civil, energia e mineração. Com esse modelo, a Votorantim busca explorar novas tecnologias e modelos de negócios para acelerar sua transformação digital.

  • Grupo Boticário: Criou a GB Ventures, uma iniciativa focada em investir e apoiar startups do setor de beleza e bem-estar. Através dessa estrutura, o Grupo Boticário tem acelerado a inovação em produtos e serviços, especialmente nas áreas de cosméticos naturais e sustentabilidade.

Passos para implementar um Corporate Venture Builder

Para empresas que estão começando a explorar o modelo de Corporate Venture Builder, aqui estão alguns passos fundamentais:

  1. Definir objetivos estratégicos: Antes de criar uma unidade de Venture Builder, a empresa deve identificar claramente quais são os objetivos que deseja atingir, seja inovação em produtos, entrada em novos mercados ou transformação digital.

  2. Montar uma equipe especializada: Formar uma equipe com experiência em inovação, empreendedorismo e gestão de startups é essencial. Essa equipe deve ter a flexibilidade necessária para lidar com os desafios de criação de novos negócios, além de contar com o apoio de executivos da empresa.

  3. Criar uma estrutura de suporte: Além de capital, as startups incubadas precisarão de recursos operacionais e expertise, como infraestrutura tecnológica, mentoria e acesso a redes de contatos. Uma rede robusta de suporte acelera o crescimento dessas startups.

  4. Estabelecer parcerias estratégicas: Parcerias com aceleradoras, incubadoras e fundos de investimento podem ampliar o alcance da empresa e aumentar suas chances de sucesso ao apoiar novos empreendedores.

  5. Fomentar uma cultura de inovação: Uma empresa só se tornará um bom Corporate Venture Builder se promover uma cultura de inovação em todos os níveis organizacionais. Isso inclui incentivar a criatividade, valorizar o aprendizado com erros e adotar processos ágeis de experimentação.

Considerações finais

O modelo de Corporate Venture Builder é uma poderosa ferramenta para empresas que desejam inovar de maneira mais rápida e eficiente, explorando novas oportunidades sem os limites estruturais que normalmente afetam grandes corporações. Ao adotar esse modelo, as empresas podem não apenas expandir seus horizontes, mas também se preparar para o futuro, tornando-se mais ágeis e competitivas em mercados em constante mudança.

Embora desafiador, o processo de criar startups internamente permite que as empresas tradicionais adotem uma postura mais inovadora, investindo em novas tecnologias e modelos de negócios que podem revolucionar tanto suas operações internas quanto o mercado em que atuam.

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